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15 dezembro 2017

Resenha: A morte de César - Barry Strauss

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Editora: Seoman
Ano: 2017
Páginas: 336

Graças a Shakespeare, a morte de Júlio César se tornou um dos assassinatos mais famosos da história. Mas o que realmente aconteceu é ainda mais arrebatador que a ficção. Nesta investigação histórica, Strauss, mestre em História Clássica, nos revela detalhes surpreendentes, mostrando ao leitor que o assassinato foi uma operação paramilitar cuidadosamente planejada, uma conspiração de generais organizada com precisão. Brutus e Cassius foram, realmente, figuras chave; mas eles contaram com a colaboração de um terceiro homem, Decimus, um dos mais importantes generais e amigo íntimo de César. Foi Decimus - e não Brutus - o verdadeiro traidor. Como consequência desses eventos, a amada República Romana veio a se transformar no Império Romano. Com aguda percepção histórica e o ritmo de um filme de ação, "A Morte de César" proporciona uma nova e original perspectiva sobre o assassinato que mudou o curso da História do mais poderoso império do Mundo Antigo.


Classificação:      




"Uma coisa, porém, é certa: a visão de César para o futuro de Roma era incompatível com o passado da República Romana. Ou César ou a República poderiam sobreviver; mas não ambos." Página 48


A morte de César é uma obra lançada em 2017, de autoria do historiador Barry Strauss e que apresenta aos leitores a ascensão e declínio de uma das figuras mais conhecidas da História: Gaius Julius César, popularmente conhecido por Júlio César. A leitura me interessou assim que li a sinopse e decidi solicitá-lo para resenha e a obra me surpreendeu pela riqueza de detalhes que o historiador apresentou aos leitores sem tornar a leitura pesada. 

Primeiramente, o autor apresenta a cronologia dos fatos importantes sobre a vida de Júlio César que serão explanados durante a leitura, assim como uma breve apresentação sobre o perfil das pessoas que foram importantes para a ascensão ou queda de César. Mapas territoriais e notas de rodapé completam as formas com que Strauss utilizou para orientar os leitores durante a leitura e apresentação dos fatos ao longo da obra.

Logo no primeiro capítulo, é narrado ao leitor o cortejo de César ao adentrar a cidade de Mediolanum, em agosto de 45 a.C, cerca de sete meses antes dos Idos de Março - como é conhecido o ataque ao político, que culminou em sua morte. Acompanhando César estão Marcus Antonius, Decimus e Gaius Otavius, sendo os dois primeiros responsáveis pelo ataque a César e Otávio, seu sobrinho e que, posteriormente à morte do Ditador, fora adotado por ele. Aos poucos a conspiração para acabar com a ditadura de César foi sendo arquitetada por seus inimigos e, também, por muitos daqueles a quem o político romano considerava amigos. A cada capítulo a história de César é delineada e os dias que precederam os Idos de Março, além de mostrar o que aconteceu com o Império Romano após seu líder ser assassinado cruelmente no Senado. 

Com a leitura fluida, o autor trouxe detalhes sobre uma das histórias mais conhecidas do Império Romano, além de amparar o leitor nessa descoberta recheada de dados e fatos que culminaram na morte do maior ditador romano. Com relação aos aspectos editoriais só tenho elogios, já que o livro é perfeito desde a diagramação e revisão, até a inclusão de imagens e dados que facilitam a leitura e interpretação da história de Júlio César. Para aqueles que gostam de ler sobre eventos históricos, esta é uma boa pedida, pois o autor soube montar uma narrativa que cativa até os leigos no assunto - como foi o meu caso.



"O ciúme é uma emoção primitiva, facilmente discernível nas crianças e nos animais. Contudo, mesmo os romanos mais sofisticados devem ter se ressentido de César. Tanto talento, tamanha boa sorte, tanto poder para um só homem! Apenas por si mesmo, o ciúme certamente não é suficiente para fazer nascer uma conspiração; mas pode haver provido a coragem e a confiança de que os conspiradores necessitavam." Página 106


Um comentário:

  1. Olá!

    Creio que este livro é um pato cheio para os Historiadores não? Só não leio ele, porque meus livros preferidos são de romance e assim não me arriscaria nesse tipo de leitura.

    Abraços,
    Daniele

    http://absortoemlivros.blogspot.com.br/

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